
Dentro do movimento armamentista, é comum ouvirmos — e repetirmos com convicção — a frase: “armas trazem liberdade.” Há verdade nela. A história é testemunha de que os povos desarmados sempre estiveram mais sujeitos à opressão. A violência de Estados totalitários quase sempre encontrou terreno fértil onde a população havia sido previamente desarmada e silenciada.
Entretanto, essa máxima, embora poderosa, está incompleta. O acesso às armas é, sim, uma condição necessária para a manutenção da liberdade — mas não é condição suficiente. A simples posse de armamento não transforma automaticamente uma sociedade em livre. Armas em cofres não fazem resistência. Armas sem coragem não intimidam tiranos. Armas sem espírito são apenas ferramentas dormindo no escuro.
A liberdade não é consequência inevitável da presença de fuzis ou pistolas. A liberdade é consequência da disposição moral de usá-los — se preciso — em defesa daquilo que é certo, justo e verdadeiro. E essa disposição tem um nome: coragem.
Coragem: a força que dá vida à liberdade
É a coragem que faz um cidadão se levantar diante da injustiça. Que faz uma mãe proteger seus filhos. Que faz um povo enfrentar leis absurdas e decretos ilegítimos. Coragem para falar, quando todos se calam. Coragem para ensinar os filhos a resistirem. Coragem para, se necessário, desobedecer o que fere a dignidade.
Essa coragem não é impulsiva, violenta ou irresponsável. Ao contrário, é serena, racional e consciente. É a coragem de quem sabe o que defende. De quem conhece os limites da força, mas também reconhece que há situações em que não agir é consentir com o mal.
Armas não bastam: é preciso cultura, virtude e exemplo
Uma sociedade armada, mas covarde, será facilmente vencida. Uma população com milhares de armas, mas sem formação moral, sem virtudes públicas, sem disposição de resistir à coerção, será dominada — não por soldados, mas por burocratas, narrativas e regulamentos.
Uma arma nas mãos de um covarde é apenas peso morto. Mas uma arma nas mãos de um homem ou mulher corajosa, preparada, consciente de seus direitos e deveres — essa sim é uma ferramenta de liberdade.
Por isso, mais importante do que a propriedade de armamento é a construção de uma cultura da coragem. Uma cultura que exalte a responsabilidade individual. Que premie a verdade. Que honre a honra. Que ame a liberdade mais do que o conforto. E que forme cidadãos que saibam dizer “não” quando for preciso.
Coragem diante do Estado: o que separa o livre do servo
Hoje, muitos no Brasil acreditam que basta mudar a lei para mudar a realidade. Mas a história mostra o oposto: sem cultura de resistência, sem espírito de liberdade, a lei justa é ignorada, e a injusta é aceita com resignação.
Armas sem coragem aceitam o desarmamento progressivo. Armas sem coragem obedecem portarias autoritárias. Armas sem coragem pagam para manter sua submissão.
Como disse o filósofo Henry David Thoreau:
“A única obrigação que tenho o direito de assumir é fazer a todo momento aquilo que considero justo.”
E como escreveu Olavo de Carvalho:
“Uma democracia não pode ser instaurada por meios democráticos: para isso ela teria de existir antes de existir. Nem pode, quando moribunda, ser salva por meios democráticos: para isso teria de continuar saudável enquanto vai morrendo.”
A verdadeira liberdade, portanto, só existe quando há quem esteja disposto a defendê-la mesmo fora da zona de conforto legal — quando necessário, à margem da legalidade, mas sempre dentro da moralidade.
O papel pode ser rasgado. A coragem permanece.
O Instituto DEFESA entende que a liberdade não é concedida, é assumida. Não é o Congresso que garante o seu direito de defesa. É você. Não é a assinatura de um político que lhe confere dignidade. É sua postura diante do mundo.
Por isso, nossa missão vai além de defender leis. Nós defendemos valores, atitudes, ações concretas. Defendemos a coragem como virtude fundamental de qualquer povo livre.
Enquanto houver brasileiros dispostos a resistir, a se armar com responsabilidade, a ensinar os filhos a defenderem o que é certo — haverá esperança.
Porque, no fim das contas, não são as armas que trazem a liberdade. É a coragem de usá-las em nome do bem.
Unidos somos invencíveis.
Junte-se à resistência em: www.defesa.org