
Um dos maiores mitos propagados por defensores do desarmamento é a ideia de que sociedades armadas tendem ao caos, à violência e à corrupção. Um estudo internacional liderado por pesquisadores dos EUA e publicado na Texas Review of Law & Politics confronta diretamente esse dogma e apresenta dados robustos: há uma correlação significativa entre maiores índices de posse de armas por habitante e menores níveis de corrupção, maior liberdade econômica e maior sucesso econômico.
O Estudo
A pesquisa analisou dados de 59 países com base em quatro indicadores internacionais:
- Índice de Liberdade Política e Civil (Freedom House)
- Índice de Percepção de Corrupção (Transparency International)
- Índice de Liberdade Econômica (Heritage Foundation)
- Poder de Compra (World Bank PPP)
Ao cruzar esses dados com as taxas de armas por habitante (Small Arms Survey), os autores identificaram que os países com mais armas nas mãos da população civil são também os que mais gozam de liberdade e de instituições menos corruptas.
Os Resultados
Os países no quintil superior de posse de armas apresentaram:
- Menores níveis de corrupção (média de 7,44 em 10)
- Maior liberdade econômica (média de 71,37 em 100)
- Maior sucesso econômico (poder de compra significativamente mais alto)

Já os países com menor posse de armas ficaram muito abaixo nesses mesmos critérios, especialmente no quesito corrupção, com notas que os classificam como “moderadamente corruptos”.

O Que Isso Significa?
A análise revela que não só a liberdade precede a posse de armas, como também a posse de armas pode reforçar e proteger essa liberdade. Em nações onde o cidadão está mais empoderado — inclusive armadamente — os governos tendem a ser mais transparentes, as economias mais livres e o desenvolvimento mais sólido.
Para o Brasil
O estudo levanta uma bandeira importante para o debate brasileiro: limitar o acesso às armas pode, na prática, enfraquecer os mecanismos que mantêm os governos sob vigilância e alimentar estruturas estatais mais arbitrárias. Se liberdade é um valor central, é preciso repensar as políticas de desarmamento sob uma perspectiva racional, baseada em dados, e não em narrativas ideológicas ou alarmistas.
📚 Fonte:
Kopel, D. B., Moody, C., & Nemerov, H. (2008). Is There a Relationship Between Guns and Freedom? Comparative Results from 59 Nations. Disponível aqui