
Você já viu uma baioneta?
Talvez em um filme de guerra.
Talvez pendurada em algum quartel.
Ou talvez na sua mente, como uma peça “vintage” da era em que os soldados ainda corriam gritando com um rifle na mão e uma lâmina na ponta.
Mas e hoje?
Ainda se usa baioneta no combate moderno?
Spoiler: sim. Mas não como você imagina.

O que é uma baioneta?
Vamos do básico.
A baioneta é, essencialmente, uma faca (ou espada curta) feita para ser acoplada na ponta de um fuzil.
Ela transforma sua arma de fogo em uma lança improvisada. Simples, direto, funcional.
🔸 Origem? Século XVII, nas guerras europeias.
🔸 Função? Quando o tiro acaba, a lâmina entra.
🔸 Efeito? Terror psicológico e combate aproximado brutal.
É a união entre tecnologia (fuzil) e instinto primitivo (esfaquear até o fim).

Mas espera… a guerra hoje não é feita com drones?
É.
Mas quem acha que todo combate é feito a 10 km de distância…
Nunca esteve num beco escuro. Ou numa casa invadida. Ou numa trincheira moderna.
O combate de perto ainda existe.
E nesse cenário, a baioneta ainda tem um lugar.

Por que as baionetas ainda não morreram?
Você acha que ela é obsoleta?
Beleza. Agora imagina isso:
Você entra numa casa com o fuzil pronto.
De repente, um agressor salta do banheiro. Você está a um metro de distância.
Não dá tempo de mirar. Nem de recuar.
O que você faz?
📌 Se você tem uma baioneta, você fura.
📌 Se você não tem, você vira estatística.
As baionetas são como extintores de incêndio:
Ninguém quer usar. Mas quem tem, agradece quando o fogo começa.

Usos atuais das baionetas
Apesar de parecer coisa de filme antigo, alguns exércitos ainda treinam o uso de baionetas.
Exemplos reais:
- 🇺🇸 Exército dos EUA: ainda treina o famoso “Bayonet Course” para infantes.
- 🇬🇧 Forças Britânicas: mantêm instruções básicas em baioneta para soldados da infantaria.
- 🇰🇷 Coreia do Sul: treina intensamente o uso da baioneta por causa da constante tensão com o Norte.
- 🇨🇳 China: mantém unidades com foco em combate corpo a corpo, incluindo técnicas de baioneta.
- 🇧🇷 Brasil? Pouco divulgado, mas ainda há treinamento simbólico nas escolas de formação.
Ou seja: ela não morreu. Só ficou mais seletiva.

Baioneta como ferramenta de sobrevivência
A nova geração de baionetas evoluiu.
Hoje, muitas são multifuncionais, servindo como:
🔧 Serra
🔧 Cortador de arame
🔧 Abridor de latas
🔧 Lâmina de defesa
🔧 Ferramenta de campo geral
Ou seja:
Mesmo que ela nunca vá parar no seu fuzil, continua sendo útil como faca de campo.
Ela funciona psicologicamente
Sabe o que um inimigo pensa quando vê uma baioneta engatada?
“O cara vai vir pra cima. Sem dó. Sem conversa.”
A presença de uma baioneta engatada muda o clima da tropa.
Impõe respeito.
Traz aquele sentimento primitivo de “ou eu ou ele”.
É mais do que uma lâmina.
É um lembrete de que, quando a pólvora acaba… a guerra continua na carne.
Por que o civil deveria entender isso?
Você, civil, pode até achar que nunca vai usar uma baioneta.
E provavelmente não vai mesmo.
Mas a lição aqui é outra:
📌 Ferramentas primitivas ainda funcionam.
📌 Combate real é sujo, caótico, físico.
📌 O preparo mental para esse tipo de confronto vale mais do que qualquer acessório tático.
A baioneta é um símbolo de prontidão.
De coragem de encarar o inimigo de frente — mesmo sem balas.
E isso… você pode e deve desenvolver.
A cultura moderna matou esse instinto?
Sim.
Hoje em dia, muita gente treme só de ver uma arma de verdade.
Quem dirá pensar em perfurar alguém se a situação exigir.
Essa geração cresceu ouvindo que “violência nunca é a resposta”.
Mas a baioneta está aí pra lembrar:
Às vezes, é a única resposta possível.
Você teria coragem de usar?
É fácil postar frases de efeito.
Fácil dizer que protegeria sua família.
Fácil comprar uma faca bonitona no shopping.
Agora segura a visão:
📌 Você entra num corredor escuro com um inimigo armado na outra ponta.
📌 A munição acabou.
📌 A única coisa entre você e a morte… é uma lâmina de 20 cm na ponta do seu rifle.
Você ataca?
Você hesita?
Ou você trava?
A verdadeira pergunta é:
Você está pronto pro combate real ou só joga Call of Duty no sofá?
Porque no mundo real:
❌ Não tem “respawn”.
❌ Não tem pause.
❌ Não tem segundo round.
Ou você é o que volta pra casa.
Ou o que é carregado.
Conclusão: Baionetas não morreram.
Só mudaram de papel.
Hoje, elas representam mais do que uma lâmina.
Representam preparo mental.
Instinto.
Resiliência.Elas ensinam que o combate real não respeita suas crenças pacifistas.
E que, quando tudo falha…
O corpo, a mente e a lâmina precisam assumir o controle.
Flavio Gavlouski
Professor de Kombato, Kali, Silat e Boxe Filipino.
Mentor da Universidade Tática.
Especialista em Combate Com Facas e Cultura de Segurança
https://universidadetatica.com.br/
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