
Minha trajetória de vida me levou a experiências que poucos brasileiros viveram. Uma delas foi trabalhar como Private Military Contractor (PMC) no Oriente Médio — mais especificamente, na cidade de Bagdá, capital do Iraque. Essa vivência me ensinou muito sobre o mundo real, sobre política internacional e, especialmente, sobre a liberdade de acesso às armas de fogo.

Mas antes de continuar, vale explicar: o Private Military Contractor é um profissional com experiência militar ou de segurança, contratado por empresas, governos ou instituições para atuar armado em regiões de risco ou em missões específicas. É o que antigamente se chamava de “mercenário” — termo hoje desaconselhado pelo direito internacional —, restando a nomenclatura mais precisa e atual: PMC.
Trabalhei por um ano em Bagdá — epicentro político da Mesopotâmia, coração do mundo árabe, e uma das regiões mais sensíveis do planeta. Lá estão a maior embaixada dos Estados Unidos no mundo, diversas agências da ONU e representações diplomáticas de países de todos os continentes.
E, como você deve imaginar, não há paz ali sem armas.
Uma cidade cercada por segurança
Bagdá conta organicamente com uma das estruturas de segurança mais intensas do planeta.
É comum ver nas ruas o Exército Iraquiano, com seus soldados altamente armados, veículos Humvee e metralhadoras.

Além disso, a polícia nacional está presente em praticamente todas as esquinas, patrulhando áreas públicas e protegendo instalações governamentais.
E, ainda assim, isso não é suficiente.
Apesar de todo esse aparato estatal ostensivo, todas as autoridades estrangeiras e locais que atuam na região contam com suas próprias equipes de segurança privadas — normalmente compostas por Private Military Contractors de diversas nacionalidades.
E talvez você queira saber: o povo iraquiano pode ter e portar suas armas.
Durante minha estada, tive a oportunidade de ver cidadãos comuns, que não pertencem às forças armadas ou à polícia, andando armados ou portando seus fuzis em locais públicos — não com ostentação, mas com naturalidade, como quem entende que a legítima defesa é um direito tão essencial quanto a própria vida.

A lição foi clara: em um país que viveu guerras, conflitos civis e tensões étnicas profundas, o direito de estar armado não foi suprimido — foi respeitado.
Enquanto isso, no Brasil, onde a violência urbana é crônica e o Estado é notoriamente ineficaz na proteção do cidadão, o desarmamento é imposto como solução mágica.
A contradição armada das elites
Foi caminhando pelas ruas da Green Zone, convivendo com embaixadores, adidos militares, diplomatas e agentes de segurança de vários países, que me deparei com uma das maiores hipocrisias da política internacional.
Governos que desarmam o seu povo mantêm-se armados — ou bem protegidos por quem esteja.
Esses mesmos líderes que promovem leis restritivas, campanhas de desarmamento e discursos pacifistas em seus países de origem andam por Bagdá cercados por seguranças armados até os dentes. E não qualquer segurança — estamos falando de times inteiros de Private Military Contractors altamente treinados, como eu e tantos outros colegas de várias nacionalidades.
Inclusive as próprias Nações Unidas, uma das instituições mais atuantes em campanhas pelo desarmamento civil global, contam com segurança privada fortemente armada para proteger seus membros e suas instalações.
E não para por aí: a cidade de Bagdá possui uma das maiores frotas de veículos blindados nível B6 do mundo, operando diariamente para transportar essas autoridades com segurança máxima. O cidadão desarmado paga impostos para que seu governante — que prega o desarmamento — ande de carro blindado e com escolta armada em país estrangeiro.
E adivinha só? A Embaixada Brasileira no Iraque também está lá — fortemente protegida por uma equipe de PMCs. Tive a oportunidade de visitá-la pessoalmente, e fui muito bem recebido por um povo cortês, tanto pelos funcionários da própria Embaixada, quanto pelos seguranças terceirizados — os Private Military Contractors.
Profissionais sérios, educados e preparados, que demonstram na prática o que é segurança real: pessoas armadas, treinadas e com responsabilidade.
A lição é simples: o desarmamento é sempre para os outros.
Nenhum deles confia na paz desarmada
O que eu aprendi ali foi o seguinte: nenhum político, diplomata ou autoridade confia a sua segurança à paz ou à polícia local. Todos confiam em armamento, em força, em vigilância.
E então me pergunto: se esses mesmos agentes internacionais sabem que a segurança real depende de armas, por que insistem em negar esse direito aos cidadãos comuns?
A resposta é clara para quem conhece o jogo político: controle social.
O povo desarmado é mais frágil, mais obediente, mais fácil de manipular.
Armas nas mãos dos cidadãos não garantem rebelião — mas garantem limites. E é exatamente disso que políticos autocratas têm medo.
A verdade que não te contam
O trabalho como PMC me mostrou o que nunca te contam no jornal:
- Que armas não são o problema.
- Que quem se sente em risco usa armas ou contrata quem as use.
- E que a narrativa do desarmamento é sustentada apenas porque a elite está sempre fora dela.
Eu aprendi que não há liberdade onde só o Estado tem o monopólio da força.
E que a liberdade real exige que o cidadão tenha meios concretos de proteger a própria vida, a sua família, e os seus princípios.
Conclusão
Hoje, volto dessa missão ainda mais convicto:
o acesso às armas é uma questão de justiça, responsabilidade e sobrevivência.
E não há argumento honesto que sustente o desarmamento de uma população que vive num dos países mais violentos do mundo — a não ser a tentativa deliberada de submeter esse povo ao medo e à dependência.
Por isso, o INSTITUTO DEFESA existe.
Para lembrar que liberdade sem meios de defesa é só uma ilusão decorada.
Unidos somos invencíveis.