PMs que protegiam deputados como se fossem seguranças privados são chamados de volta

Lucas Parrini

Lucas Parrini é colaborador do Instituto DEFESA e curioso em criminologia e assuntos relacionados a combate e segurança.

Apesar de ser contra a militarização de polícias, o político Marcelo Freixo está a mais de 10 anos usando policiais militares como seguranças privados, mesmo possuindo poder financeiro suficiente para pagar pela sua proteção ao invés de usar agentes públicos.

O ato de tirar policiais das ruas para trabalharem como guarda-costas pessoal do deputado, ajuda a aumentar o desfalque na segurança pública do RJ uma vez que estes agentes deveriam estar trabalhando para a sociedade, não para um político.

Policiais militares fazendo sua proteção pessoal é um privilégio que o cidadão comum, aquele que ganha um salário mínimo, não tem.

A determinação de retirar 87 dos 146 policiais militares que estão sendo usados pela ALERJ como seguranças privados de políticos assustou muitos deputados nesta segunda feira.

Exatamente o ato de tirar policiais das ruas para realizarem proteção pessoal foi uma das justificativas usadas pelo secretário de segurança Richard Nunes, ao dizer que a PM “se encontra com um déficit de efetivo e, mesmo se convocados todos os aprovados no último concurso, não alcançará o contingente previsto para a corporação, o que traz dificuldades para o cumprimento de sua missão constitucional”.

De acordo com o decreto estadual 41.687/2009, o empréstimo de policiais militares pode ser suspenso se houver mais de 2 meses de atrasos no pagamento ao governo do Estado. A ALERJ usou e não pagou.

Pela resolução publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial, os PMs têm que se apresentar imediatamente ao Comando da corporação, sob pena de sofrerem punições previstas no Código Penal Militar.

Segundo o major Ivan Blaz, coordenador do Centro de Comunicação Social da PM, até as 10:45 desta segunda-feira, nenhum dos 87 policiais se apresentou no Quartel General. A falta ao serviço já está sendo contabilizada e quem não comparecer a partir desta segunda-feira terá os dias faltosos contados.

One Reply to “PMs que protegiam deputados como se fossem seguranças privados são chamados de volta”

  1. Desarmamento no c* dos outros é refresco. É fácil ser contra o cidadão tendo seguranças particulares pagos pelo Estado. E infelizmente ele é um de muitos, mas muitos mesmo.

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