A brincadeira do “pergunta na terça que vem” praticamente é entonada em diversos locais como redes sociais e aplicativos de mensagens quando passamos por uma terça feira após anúncio de algo relacionado às armas.
Desta vez não foi diferente. Com o anúncio recente de que novos 03 (três) decretos sobre armas saíriam, inclusive algo sobre o “porte do CAC” já previsto no artigo 6 da lei 10.826/2003 mas que ainda em 2021 carece de atenção, tornando pendente a regularização via decreto, os ânimos de muitas pessoas voltaram a ficar agitados, especialmente de CAC’s.
Inclusive uma das brincadeiras foi colocar todas as próximas terças em uma lista:
Mas como já experimentado outras vezes, mais uma terça se passou sem os decretos. Os comentários nas redes sociais ficam divididos em praticamente três esferas:
- os que não acreditam mais na intenção de cumprir palavras de campanha e discursos e/ou força do presidente na pauta armamentista;
- os que não se importam mais como antes, desanimados mas ainda ativos nas ações que fomentam a pauta;
- os que defendem cegamente o que o presidente faz;
A sensação ainda é de necessidade para melhores leis de armas e muitos continuam cada um a sua maneira, ao seu tempo, incentivando e ajudando a aumentar o número de cidadãos armados no Brasil.
Lucas Parrini, diretor do Instituto DEFESA no Rio de Janeiro, palestrante, criminólogo e colunista em outras organizações políticas e armamentistas, publicou defendeu em seu Instagram o seguinte:
“… a sede pela liberdade de acesso as armas deve ser insaciável.”
Segundo Parrini, o sentimento de que algo melhorou nunca deve ser adotado para não estimular o conformismo, que retira a vontade de seguirmos adiante. Ao adotar a postura de “nunca está bom” ou que “não melhorou”, sempre haverá algo para melhorar e não nos conformamos com o pouco que houve.
Já Caio Lausi, fundador do Portal Armas de Fogo e diretor estadual do Instituto DEFESA em SP, adiciona:
“Talvez esteja sondando a repercussão deles no meio político e no STF, afinal, são eles que de fato mandam no país, estão a uma canetada de derrubar a canetada do presidente. Agora, publicar 3 decretos é reflexo da ineficiência de realizar um trabalho conciso e objetivo e na forma da lei.”
Independente de terça ou Davos, ou de qualquer outra brincadeira que esconda algo maior, o apelo que sempre é feito é de que não “deixemos a peteca cair”. Mesmo que a política em si esteja fora do escopo de muitas pessoas, cada um ainda agir pela cultura das armas por conta própria se não quisermos agir da dependência de políticos. Podemos continuar levando pessoas a um clube de tiro para ver de perto e experimentar com a devida responsabilidade o mundo das armas, tendo acesso a informações profissionais de quem entende, fugindo da demagogia e imprecisão orquestrada da grande mídia.
Unidos somos invencíveis.